A inteligência artificial (IA) foi o destaque do ano de 2023, dominando o cenário mundial. Além de ser o centro das discussões no setor de tecnologia, a ONU organizou um evento exclusivamente dedicado ao tema. A IA também atraiu uma grande quantidade de investimentos e se tornou uma prioridade nos gastos corporativos.
Embora a tecnologia esteja em desenvolvimento há décadas, a “corrida da IA” ganhou velocidade em janeiro, quando o ChatGPT, um chatbot de IA generativa desenvolvido pela OpenAI, alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos apenas dois meses após o seu lançamento.
O progresso alcançado pelo chatbot parece ter reestruturado completamente o mercado em torno da IA. Não houve uma única empresa de grande porte que não tenha tomado alguma ação nessa direção: a Microsoft, que já era uma investidora da OpenAI, aprimorou o seu mecanismo de busca Bing para incluir o GPT-4; o Google, por sua vez, lançou o Bard como uma resposta ao ChatGPT; a Amazon introduziu o “Q”, um chatbot de IA voltado para empresas. A Apple, que tem se mantido mais discreta, aumentou os seus investimentos em P&D em pelo menos US$ 3 bilhões, impulsionados também pelos esforços na área de IA generativa.
À medida que essas tecnologias emergem, o panorama para 2024 se apresenta mais otimista. Muitas empresas, que até então apenas observavam essa nova onda de IA, começarão a incorporá-las de maneira mais sólida em seus produtos e serviços. Isso marca a chegada de soluções com aplicação prática, capazes de transformar a maneira como consumimos determinados produtos e serviços e alterar as relações de trabalho em diversos setores.