Pesquisadores testam IA para distribuir riqueza e combater desigualdade

Pesquisadores britânicos acreditam que a inteligência artificial pode encontrar maneiras de redistribuir renda (e lidar com a desigualdade econômica) de forma mais prática do que políticas públicas artificiais.


A conclusão vem dos engenheiros da empresa de IA DeepMind, que desenvolveram uma IA para distribuição de riqueza, batizada como “IA democrática”. Os dados de treinamento da rede neural consistem em interações reais e virtuais de pessoas na tentativa de guiar a máquina para o que a percepção humana percebe como “justo”.


A IA foi testada de várias maneiras. Em um caso, ela analisou informações de uma campanha de investimentos chamada “jogo de bens públicos”, em que os jogadores recebiam valores variados em dinheiro e podiam investir em fundos públicos.

O retorno desse investimento dependerá do valor aplicado, sob três diferentes parâmetros redistributivos programados na IA: “estrita igualitário”, “liberal” e “liberal igualitário”. O objetivo é redistribuir o valor dos investimentos entre as pessoas da maneira mais equilibrada possível – mas também é considerado justo para aqueles que investem mais do que outros.


Mas o método mais popular de redistribuição de riqueza é o mecanismo de redistribuição centrado nas pessoas (HCRM). Nesse caso, a IA usa os dados resultantes de jogadores humanos e agentes virtuais para simular o comportamento de pessoas reais.


As propostas de reatribuição formuladas por máquinas foram melhor avaliadas do que os agentes humanos, que foram incentivados a criar um método “popular” para tais atribuições com base nas taxas auferidas por voto.

“A inteligência artificial descobriu uma maneira de reestruturar o desequilíbrio de riqueza e obter mais votos”, explica um pesquisador da revista Nature.


Além de ser estritamente teórico nesta fase de desenvolvimento, o sistema também tem suas limitações. Por exemplo, pode ser influenciado pelas expectativas de riqueza das pessoas, dependendo do nível socioeconômico realista em que vivem. As pessoas que enfrentam situações de pobreza e discriminação podem diminuir suas expectativas para evitar decepções. Isso afeta as preferências das pessoas nas pesquisas.


Outra questão a considerar são informações falsas ou maliciosas que o sistema pode coletar

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Leonardo Bonato Felix

Tem graduação (UFSJ, 2002), mestrado (UFMG, 2004) e doutorado(UFMG, 2006) também em Engenharia Elétrica. Foi pesquisador visitante da University of Southampton-UK (2019-2020). É professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFV (2006-presente), nas disciplinas de Inteligência Computacional, Sinais e Sistemas, Modelagem e Identificação de Sistemas, Introdução à Engenharia Biomédica, Eletrônica, etc. É pesquisador 1D CNPq, atuando no processamento de sinais biológicos, teoria da detecção e aplicações de inteligência artificial.

Domingos Sárvio Magalhães Valente

Possui graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (2003), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2007) na área de concentração em Pré-Processamento e Armazenagem de Produtos Agrícolas, doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2010) na área de concentração em Mecanização Agrícola. Pós-doutorado na University of Illinois (Urbana-Champaign) nos Estados Unidos. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Viçosa, no Departamento de Engenharia Agrícola, atuando nas Áreas de Mecanização Agrícola, e Agricultura de Precisão e Digital.

José Augusto Miranda Nacif

Professor no Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas (IEF) do Campus UFV-Florestal da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Possui mestrado e doutorado em Ciência da Computação (2004 e 2011) pela Universidade Federal de Minas Gerais e graduação em Engenharia de Controle e Controle e Automação (2001) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atualmente é orientador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFV. É bolsista de produtividade do CNPq, nível 2. Tem experiência na área de Ciência da Computação, atuando principalmente nos seguintes temas: Internet das coisas, nanocomputação, computação de alto desempenho e aprendizado de máquina.

Moysés Nascimento

Possui graduação em Estatística pela Universidade Federal do Espírito Santo (2007), mestrado em Estatística Aplicada e Biometria pela Universidade Federal de Viçosa (2009) e doutorado em Estatística e Experimentação Agropecuária pela Universidade Federal de Lavras (2011). Realizou pós-doutorado em Análise de dados Genômicos, via Métodos Econométricos, na North Carolina State University (EUA, 2016). Atualmente, é professor Associado no Departamento de Estatística da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística Aplicada, com ênfase em Métodos Estatísticos Aplicados ao Melhoramento - Plantas e Animais, Inteligência Computacional e Aprendizado Estatístico.

Rodolpho Vilela Alves Neves

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Viçosa (2011), mestrado (2013) e doutorado (2018) em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo. Entre 2015 e 2016, foi pesquisador visitante na Aalborg University, Dinamarca. Atualmente, é professor adjunto no Departamento de Engenharia Elétrica da UFV. Atua principalmente nos temas geração distribuída e controle de sistemas de energia.

Sabrina de Azevedo Silveira

É graduada em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG-2008) e tem doutorado em Bioinformática (2013). Possui pós-doutorado no European Molecular Biology Laboratory-European Bioinformatics Institute (EMBL-EBI), em Cambridge, no Reino Unido (2019), e no Laboratório de Bioinformática e Sistemas (LBS), do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (2015). Atualmente, é professora no Departamento de Informática (DPI), da Universidade Federal de Viçosa (UFV). É orientadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFV (CAPES 4) e do Programa de Pós-Graduação em Bioinformática da UFMG (CAPES 7). Tem experiência na área de Ciência da Computação e Bioinformática, atuando principalmente nos seguintes temas: predição de função de enzima, mineração de dados, aprendizagem de máquinas, bases de dados biológicos e visualização de dados.

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