Inovações da Inteligência Artificial nos Jogos Olímpicos de Paris 2024

Os responsáveis pelos Jogos Olímpicos de Paris 2024 anunciaram recentemente o uso planejado de tecnologia de inteligência artificial durante o evento esportivo na capital francesa, agendado para ocorrer entre o final de julho e o início de agosto. Uma das propostas consiste em aplicar a IA para reforçar a segurança dos atletas e do público.

Nesse sentido, as autoridades francesas planejam implementar câmeras de vigilância equipadas com IA para monitorar as áreas onde grandes multidões se reunirão para assistir às competições. Esse sistema tem a capacidade de identificar potenciais ameaças para os participantes, como bolsas ou pacotes abandonados, além de detectar aumentos inesperados no volume de pessoas, entre outras situações.

As imagens capturadas serão analisadas por uma tecnologia baseada em algoritmos, responsável por identificar possíveis situações de risco. Embora este mecanismo esteja programado para ser testado em grandes eventos nas próximas semanas, sua implementação tem suscitado controvérsias.

Grupos de defesa da privacidade digital expressam preocupações de que o uso da IA em sistemas de vigilância, como o proposto para as Olimpíadas de Paris, possa infringir a privacidade. Em resposta a essas preocupações, o governo francês assegurou que não será empregado reconhecimento facial integrado à solução.

Além das questões de segurança, o Comitê Olímpico Internacional (COI) planeja utilizar a IA na transmissão das competições em Paris. Essa tecnologia já estava presente nas transmissões realizadas pela Olympic Broadcasting Services (OBS) desde os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang 2018, na Coreia do Sul.

Entretanto, o COI afirma que a OBS elevará o uso de recursos inteligentes a um “nível completamente diferente”. A inteligência artificial nas transmissões terá uma ampla gama de aplicações, desde aprimorar a experiência do telespectador com replays em 360º até melhorias operacionais.

Em parceria com a Omega, responsável pela cronometragem oficial dos Jogos Olímpicos, a OBS também pretende disponibilizar dados mais detalhados sobre os competidores. Essas informações serão geradas por IA, contribuindo para uma compreensão mais aprofundada do desempenho de cada atleta.

Outra colaboração importante da OBS será com a Intel. Nessa parceria, soluções de IA serão empregadas para fornecer detalhes sobre os atletas mais promissores envolvidos nas competições em Paris, enriquecendo os programas de análise de desempenho.

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Leonardo Bonato Felix

Tem graduação (UFSJ, 2002), mestrado (UFMG, 2004) e doutorado(UFMG, 2006) também em Engenharia Elétrica. Foi pesquisador visitante da University of Southampton-UK (2019-2020). É professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFV (2006-presente), nas disciplinas de Inteligência Computacional, Sinais e Sistemas, Modelagem e Identificação de Sistemas, Introdução à Engenharia Biomédica, Eletrônica, etc. É pesquisador 1D CNPq, atuando no processamento de sinais biológicos, teoria da detecção e aplicações de inteligência artificial.

Domingos Sárvio Magalhães Valente

Possui graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (2003), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2007) na área de concentração em Pré-Processamento e Armazenagem de Produtos Agrícolas, doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2010) na área de concentração em Mecanização Agrícola. Pós-doutorado na University of Illinois (Urbana-Champaign) nos Estados Unidos. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Viçosa, no Departamento de Engenharia Agrícola, atuando nas Áreas de Mecanização Agrícola, e Agricultura de Precisão e Digital.

José Augusto Miranda Nacif

Professor no Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas (IEF) do Campus UFV-Florestal da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Possui mestrado e doutorado em Ciência da Computação (2004 e 2011) pela Universidade Federal de Minas Gerais e graduação em Engenharia de Controle e Controle e Automação (2001) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atualmente é orientador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFV. É bolsista de produtividade do CNPq, nível 2. Tem experiência na área de Ciência da Computação, atuando principalmente nos seguintes temas: Internet das coisas, nanocomputação, computação de alto desempenho e aprendizado de máquina.

Moysés Nascimento

Possui graduação em Estatística pela Universidade Federal do Espírito Santo (2007), mestrado em Estatística Aplicada e Biometria pela Universidade Federal de Viçosa (2009) e doutorado em Estatística e Experimentação Agropecuária pela Universidade Federal de Lavras (2011). Realizou pós-doutorado em Análise de dados Genômicos, via Métodos Econométricos, na North Carolina State University (EUA, 2016). Atualmente, é professor Associado no Departamento de Estatística da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística Aplicada, com ênfase em Métodos Estatísticos Aplicados ao Melhoramento - Plantas e Animais, Inteligência Computacional e Aprendizado Estatístico.

Rodolpho Vilela Alves Neves

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Viçosa (2011), mestrado (2013) e doutorado (2018) em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo. Entre 2015 e 2016, foi pesquisador visitante na Aalborg University, Dinamarca. Atualmente, é professor adjunto no Departamento de Engenharia Elétrica da UFV. Atua principalmente nos temas geração distribuída e controle de sistemas de energia.

Sabrina de Azevedo Silveira

É graduada em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG-2008) e tem doutorado em Bioinformática (2013). Possui pós-doutorado no European Molecular Biology Laboratory-European Bioinformatics Institute (EMBL-EBI), em Cambridge, no Reino Unido (2019), e no Laboratório de Bioinformática e Sistemas (LBS), do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (2015). Atualmente, é professora no Departamento de Informática (DPI), da Universidade Federal de Viçosa (UFV). É orientadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFV (CAPES 4) e do Programa de Pós-Graduação em Bioinformática da UFMG (CAPES 7). Tem experiência na área de Ciência da Computação e Bioinformática, atuando principalmente nos seguintes temas: predição de função de enzima, mineração de dados, aprendizagem de máquinas, bases de dados biológicos e visualização de dados.

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