Richard Rothenberg, presidente e co-fundador da Global AI, acredita que a inteligência artificial (IA) pode ser uma poderosa ferramenta para atrair investimentos às economias emergentes. Segundo Rothenberg, a tecnologia tem o potencial de aumentar a transparência e fornecer dados valiosos que facilitam o financiamento. A Global AI, especializada em pesquisa de investimentos quantitativos, utiliza IA e big data para identificar oportunidades de aplicação para governos e investidores institucionais, focando especialmente nos mercados em desenvolvimento.
Rothenberg defende que os investimentos sejam guiados pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Ele argumenta que a falta de transparência e os grandes déficits de financiamento são barreiras significativas nos mercados emergentes. A Global AI colabora com a ONU fornecendo dados sobre o cumprimento dos ODS por nações, empresas e regiões, indicando onde o capital é mais necessário para alcançar esses objetivos. Em muitos casos, a empresa cria bancos de dados do zero utilizando algoritmos especiais para captar informações de toda a internet, independentemente do idioma e país.
A IA também permite uma detecção mais rápida e abrangente de problemas negativos, como danos ambientais causados por multinacionais em vilarejos de países emergentes. Rothenberg destaca que os investidores institucionais estão cada vez mais incluindo a variável “impacto” na equação de risco e retorno, baseando-se não apenas nos critérios ESG, mas também nos ODS, que oferecem um escopo mais amplo. Ele cita exemplos como a crise da Uber em 2017 para ilustrar como fatores ESG ou ODS podem afetar significativamente o valor de uma empresa. Rothenberg propõe o “nowcasting dos ODS”, utilizando todos os dados disponíveis para fornecer avaliações imediatas e precisas, auxiliando na tomada de decisões baseadas nos ODS.