Começo da rede 5G no Brasil e expansão do metaverso: como será o ano de 2022 na tecnologia

As inovações tecnológicas são difíceis de prever, seja porque as empresas tentam guardar segredos que surpreendem o mundo, seja pela natureza das descobertas que mesmo quem as estuda muitas vezes não consegue antecipar. Mesmo assim, espera-se que 2022 tenha muitas inovações nessa área, uma delas diretamente relacionada à infraestrutura. Outros podem vir do aprofundamento das tecnologias existentes, como o metaverso e a inteligência artificial. No Brasil, a principal mudança será a chegada da tecnologia de telefonia móvel 5G nas grandes cidades após leilão realizado pela Anatel em 5 de novembro de 2021. A quinta geração da Internet para dispositivos móveis é uma evolução do 4G e promete mais velocidade de transferência de dados (50 a 100 vezes maior que a anterior) e menor impacto do aumento do número de pessoas conectadas, aumentando assim a taxa de crescimento em vários setores da economia forças produtivas. No entanto, vale destacar que a previsão é que o 5G cubra todo o país apenas em 2028.

Outra tecnologia que já existe e deve se tornar mais popular é a inteligência artificial (IA), a capacidade das máquinas de lidar com diversos problemas a partir dos dados que recebem à medida que são programados, muitas vezes combinados com “machine learning”. ”, ou seja, o computador também acumula novos dados que recebe para dar respostas mais precisas. O Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) entrevistou 350 técnicos impacto em 2022. Desses, 66% disseram “concordar totalmente” que a IA será responsável por impulsionar a maioria dos processos de inovação em quase todos os setores. Uma das possíveis melhorias para essa tecnologia é a modelagem de comunicação mais eficiente para enviar mensagens aos operadores humanos, em linguagem mais fácil de entender; para prevenir ataques cibernéticos ao perceber padrões anormais causados ​​por agentes externos; para carros autônomos; e para criar obras de “arte” mais funcionais e verossímeis.. Outra possibilidade é a inteligência artificial pré-fabricada, com pouco ou nenhum código, para que o usuário possa fornecer seus próprios dados e programá-los da forma que desejar. Sem mencionar o metaverso, onde a IA será uma parte fundamental.

Um metaverso é um capítulo separado. Um espaço de realidade virtual que simula o mundo real, com diferentes cenários onde as pessoas terão avatares, é uma aposta de empresas como Microsoft, Snapchat, Samsung, Nintendo, Apple, Roblox, Google e Epic Games, e mais recentemente Facebook – agora chamado de Meta , justamente porque se concentra nesse novo mundo. Por exemplo, a empresa de Mark Zuckerberg planeja criar uma luva tátil que permite sentir objetos virtuais, uma pulseira que lê movimentos e projeções das mãos e projetar um teclado em qualquer superfície plana e, já em 2022, “Project Cambria”, um novo fone de ouvido de realidade aumentada que terá um processador mais poderoso, uma tela de resolução mais alta e rastreamento de movimento de mão aprimorado, pode ser controlado por joystick ou controles manuais e deve usar realidade mista. Ou seja, seja realidade aumentada ou realidade virtual. O fone de ouvido incluirá rastreamento facial e ocular em tempo real, permitindo que as pessoas expressem suas emoções em um mundo virtual. Performances de grandes artistas como Ariana Grande e coleções de roupas de marcas como Gucci estão disponíveis apenas no jogo, e este é apenas o começo do Metaverse. Por exemplo, Bill Gates prevê que até 2024 todas as reuniões de trabalho serão realizadas nesses espaços. A Microsoft adaptou seu programa de bate-papo por vídeo Teams ao Metaverse Mech usando avatares 3D e pretende criar ferramentas para que as empresas ofereçam seu próprio Metaverso para os funcionários. A Inteligência Artificial será utilizada para compreender as vontades e caminhos que cada humano gostará no metaverso, personalizando as experiências.

Outra fronteira que deve continuar a se expandir é o lançamento espacial, onde a SpaceX de Elon Musk e a Blue Origin de Jeff Bezos colidem. A SpaceX espera que sua nave Starship seja lançada pela primeira vez em janeiro, enquanto Musk prevê “mais uma dúzia de lançamentos” ao longo do ano, pois é seguro. Até o final de 2022, o empresário espera que a Starship já consiga colocar satélites em órbita para projetar algo maior no futuro, como missões realizadas por astronautas. Por outro lado, a Blue Origin pretende lançar os dois primeiros satélites de seu projeto Kuiper, que espera colocar nada menos que 2.326 satélites em órbita como forma de fornecer internet rápida para o mundo e deverá cobrir 95% do espaço terrestre população. A SpaceX tem um projeto semelhante, o StarLink, que usará o Starship como um dos módulos de lançamento. A empresa de Musk também pretende começar a lançar foguetes de plataformas flutuantes para evitar problemas com vizinhos de lançamento em terra.

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Leonardo Bonato Felix

Tem graduação (UFSJ, 2002), mestrado (UFMG, 2004) e doutorado(UFMG, 2006) também em Engenharia Elétrica. Foi pesquisador visitante da University of Southampton-UK (2019-2020). É professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFV (2006-presente), nas disciplinas de Inteligência Computacional, Sinais e Sistemas, Modelagem e Identificação de Sistemas, Introdução à Engenharia Biomédica, Eletrônica, etc. É pesquisador 1D CNPq, atuando no processamento de sinais biológicos, teoria da detecção e aplicações de inteligência artificial.

Domingos Sárvio Magalhães Valente

Possui graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (2003), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2007) na área de concentração em Pré-Processamento e Armazenagem de Produtos Agrícolas, doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2010) na área de concentração em Mecanização Agrícola. Pós-doutorado na University of Illinois (Urbana-Champaign) nos Estados Unidos. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Viçosa, no Departamento de Engenharia Agrícola, atuando nas Áreas de Mecanização Agrícola, e Agricultura de Precisão e Digital.

José Augusto Miranda Nacif

Professor no Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas (IEF) do Campus UFV-Florestal da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Possui mestrado e doutorado em Ciência da Computação (2004 e 2011) pela Universidade Federal de Minas Gerais e graduação em Engenharia de Controle e Controle e Automação (2001) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atualmente é orientador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFV. É bolsista de produtividade do CNPq, nível 2. Tem experiência na área de Ciência da Computação, atuando principalmente nos seguintes temas: Internet das coisas, nanocomputação, computação de alto desempenho e aprendizado de máquina.

Moysés Nascimento

Possui graduação em Estatística pela Universidade Federal do Espírito Santo (2007), mestrado em Estatística Aplicada e Biometria pela Universidade Federal de Viçosa (2009) e doutorado em Estatística e Experimentação Agropecuária pela Universidade Federal de Lavras (2011). Realizou pós-doutorado em Análise de dados Genômicos, via Métodos Econométricos, na North Carolina State University (EUA, 2016). Atualmente, é professor Associado no Departamento de Estatística da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística Aplicada, com ênfase em Métodos Estatísticos Aplicados ao Melhoramento - Plantas e Animais, Inteligência Computacional e Aprendizado Estatístico.

Rodolpho Vilela Alves Neves

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Viçosa (2011), mestrado (2013) e doutorado (2018) em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo. Entre 2015 e 2016, foi pesquisador visitante na Aalborg University, Dinamarca. Atualmente, é professor adjunto no Departamento de Engenharia Elétrica da UFV. Atua principalmente nos temas geração distribuída e controle de sistemas de energia.

Sabrina de Azevedo Silveira

É graduada em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG-2008) e tem doutorado em Bioinformática (2013). Possui pós-doutorado no European Molecular Biology Laboratory-European Bioinformatics Institute (EMBL-EBI), em Cambridge, no Reino Unido (2019), e no Laboratório de Bioinformática e Sistemas (LBS), do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (2015). Atualmente, é professora no Departamento de Informática (DPI), da Universidade Federal de Viçosa (UFV). É orientadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFV (CAPES 4) e do Programa de Pós-Graduação em Bioinformática da UFMG (CAPES 7). Tem experiência na área de Ciência da Computação e Bioinformática, atuando principalmente nos seguintes temas: predição de função de enzima, mineração de dados, aprendizagem de máquinas, bases de dados biológicos e visualização de dados.

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