Os Estados Unidos e o Reino Unido estabeleceram um acordo sem precedentes para colaboração na avaliação e controle dos potenciais riscos associados aos avanços em inteligência artificial (IA). Ratificado em Washington na segunda-feira passada, o pacto marca um importante marco na cooperação internacional para mitigar os desafios apresentados pelos novos modelos de IA.
Com a presença da ministra britânica da Ciência, Michelle Donelan, e da secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, o tratado visa aprofundar o intercâmbio de conhecimento e talento entre os dois países, especialmente por meio do recém-criado Instituto de Segurança em IA (AISI) do Reino Unido e sua contraparte norte-americana.
Essa parceria permitirá uma análise conjunta e independente de modelos de IA desenvolvidos tanto por grandes empresas tecnológicas quanto por entidades de pesquisa. Além disso, prevê-se o intercâmbio de pesquisadores e uma cooperação estreita na avaliação de riscos emergentes, como a possível utilização de IA em ataques cibernéticos e o desenvolvimento de armas biológicas.
Embora alguns países, como a União Europeia, estejam avançando com regulamentações específicas para IA, o Reino Unido opta, por enquanto, por uma abordagem mais flexível devido à rápida evolução da tecnologia. No entanto, o acordo bilateral reflete um compromisso mútuo em compreender e mitigar os riscos da IA, enquanto se mantém vigilante em relação às práticas corporativas relacionadas à segurança.
Dada a liderança das empresas sediadas nos EUA no desenvolvimento de IA, a expertise americana desempenhará um papel fundamental na análise e supervisão das práticas empresariais, conferindo maior eficácia aos esforços de segurança em IA em escala global.